Imagine você que me lê agora, num domingo chuvoso, morando na carioca e com a síndrome da pele de papel, sem a menor disposição de sair de casa na chuva que cai, com fome e a padaria a alguns longos passos molhados de distância! Faz o quê? Fazer o pão! É, fazer o pão! Por que não? É só ter a manha certa que ele cresce de boa - dizem que em dias de chuva pão não cresce, bom, eu digo que não cresce para quem não tem imaginação! Para quem tem imaginação e gosto pelo ambiente da cozinha, é fácil descobrir soluções com os utensílios à disposição. Dá pra fazer quase tudo, até o fermento dá pra fazer em casa, mas essa é outra receita.
Bem, então os ingredientes são esses:
Umas três colheres cheias de linhaça hidratada de um dia para o outro em um copo d'água
Um pacotinho de fermento biológico seco
Duas xícaras de trigo integral
Duas xícaras de trigo branco
Uma colher de sal
Uma gota de mel (ou uma pontinha de colher de açúcar)
Uma xícara de leite morno
Daí eu misturei os trigos e o fermento numa tigela grande, e, em outro recipiente, misturei a linhaça com a água gelatinosa, o leite morno, o sal, o mel, depois misturei tudo - os secos e os molhados. Misturar tudo. Depois é trabalhar a massa, acrescentar mais trigo se for necessário. Ir amassando até ficar lisa e homogênea. Para isso é preciso um braço forte, paciência e concentração. Quando fica pronta, a massa desgruda da mão, antes disso ela é pegajosa, a gente precisa ir acrescentando mais trigo até que ela fique lisa e não grude mais nas mãos.
Depois de bem amassada, retira-se uma pequena bolinha da massa e coloca num copo d'água. Então deixa-se a massa descansar um pouco. O tempo da bolinha subir do fundo do copo; hora de modelar os pães.
Dizem os bons cozinheiros que a gente sabe se um pão está bem assado pelo barulhinho da casquinha quebrando! Eu vou além, vou pelo barulho da casquinha e do paladar de quem experimenta, sempre acompanhado por um: “hummmm, que delícia Nati!”